Luz na passarela

5/04/2016 Isabela Bracher 0 Comments

   E aí, Chuchus! Como vai? Espero que bem. Espero que todos estejam empregados, com dinheiro no bolso, indo bem nos estudos, praticando exercícios físicos, comendo comidas saudáveis. Porque eu não tô fazendo nada disso. Quase meio do ano, com 22 anos nas costas, já graduada, e ainda não consigo achar nem vaga no McDonald’s (talvez porque não tenha McDonald’s aqui, mas isso é detalhe).
   ENFIM.
  Estava pensando em um tema pra um post no blog e reparei que, em 6 anos (SEIS ANOS), não fizemos nem um post de moda. Pois é, pasmem, nem um único look do dia, nem um único tutorial de maquiagem. Em pleno século 2016. Absurdo.
   Resolvi, então, que tinha que mudar isso (e, por favor, preste atenção no meu vocabulário “bloggeira de moda” porque eu tentei mesmo falar como se tivesse propriedade no assunto). Claro, seguindo a linha do blog, que eu gosto de chamar de “chorando porque não estamos mais nos anos 2000”. De verdade, brota uma lágrima só de pensar que uma década atrás era 2006, e não 1996.
   Dizem que a moda é cíclica. Algo que é extremamente popular e sai de moda, pode voltar aos holofotes alguns anos depois. E podemos ver isso com os novos sucessos do vestuário feminino, que vieram direto do túnel do tempo: as sandálias Melissa, gargantilhas tribal, as calças de cintura alta, e as peças que mudaram de nome, mas ainda são bem reconhecíveis, como a calça flare (antiga calça boca de sino) e as blusas cropped (que na minha época eram só blusas curtas.

A prova é: uma dessas roupas é de 1994, qual é?

    
  Porém, outros trends muito populares nos 90-2000 podem demorar muito pra voltar para as passarelas das ruas (ou eu espero que não voltem). São os que fizeram a cabeça das adolescentes e pré-adolescentes, que hoje em dia sofrem com as crises de meia idade apenas aos 20 anos, outra característica marcante da nossa geração. E se alguém disser que não usou ao menos um desses, sei que está mentindo.

FRANJA COM CABELO ENROLADO
   Essa era pra quem tinha o cabelo, digamos, rebelde. Conto essa como uma experiência pessoal.
Essa era a época dos emos, dos fakes no orkut, das franjas gigantes cobrindo os olhos E quem tem aqueles cabelos rebeldes (ou seja, a maioria esmagadora da população) precisava se adaptar. Então a moda foi a chapinha? Não, primeiro veio a chapinha NA FRANJA. Só na franja. O resto do cabelo? Enrolado/ondulado/crespo. Mas a franja?? LISA DE PRANCHA. A franja tinha que ser de prancha.
   Não me envergonho. Essa foi uma fase que me ajudou a moldar meu caráter.

Duvido que você saiba quem é a cantora. É a Luka do To Nem Aí


LÁPIS PRETO EM BAIXO DO OLHO
   Por essa eu não passei porque era rebelde (como meu cabelo) e me recusava a fazer coisas de menina, como usar maquiagem. Também dizia que me casaria usando All Star, provavelmente preto, porque rosa também era muito “de menina”. Ah, a ingenuidade.
   Esse trend de maquiagem era geralmente acompanhado da franja de prancha, e o lápis estava geralmente borrado. Porque todos tinham que mostrar para o mundo como sofríamos, como a realidade era dura, como era difícil usar calça comprida e fazer chapinha todo dia em pleno verão.

Avril homenageou o estilo que ela mesma usava no começo da carreira


TATUAGEM DE PEDRINHA BRILHANTE/PIERCING FALSO/PIERCING NO DENTE
   Coisas que você pode até achar hoje, mas que não é levado a sério, hoje em dia, da forma como era antes. Principalmente as tatuagens de pedrinhas, que antes eram utilizados por celebridades e ícones da música, e hoje são usados por crianças com menos de 7 anos.
   O piercing falso foi aperfeiçoado, e hoje se assemelha realmente com os piercings verdadeiros, mas ainda acho que parte do charme era todo mundo saber que aquilo era falso.
   E o piercing no dente deve ter sumido ao longo dos anos porque todo mundo que tinha acabou engolindo sem querer.

Gewn Stefani na época de No Doubt era muito adepta dessas pedrinhas, que podem ser vistas em uma versão gourmet no Coachella


MECHAS COLORIDAS/PINTAR COM CREPOM
   A mecha colorida era febre. Podia ser de qualquer cor, mas as mais populares eram as vermelhas, azuis e descoloridas. As meninas do SNZ foram grandes ícones quando se tratava de mechas.
   Mas e quando a mamãe não deixava pintar o cabelo? Aí nós nos contentávamos com o papel crepom, que nos permitia aproveitar a rebeldia por quase um dia, até você lavar (ou até sua mãe quase te afogar debaixo do chuveiro pra tirar aquela bosta da sua cabeça). Também eram bem famosos os géis brilhantes coloridos, que tinham o mesmo efeito, só que deixavam o cabelo fedendo por dias.

O SONHO!


MEIA ATÉ O JOELHO
   Época de Chiquititas, Paquitas, Pitty na época de Teto de Vidro, e outros ícones fashion que adoravam esse tipo de acessório. Era geralmente acompanhado por um par de Melissas (daquelas que tinha cheiro de fruta) ou uma saia de pregas, ou os dois. E quem ostentava de verdade tinha as meias até o joelho COLORIDAS.
   Algo que também podia acompanhar era aquele tênis da Sandy, ou o All Star de plástico transparente, que eu tenho CERTEZA que você tinha, ou morria de verdade de ter.

O SONHO²


BICO DE PATO
Esse é m acessório que eu gosto de chamar carinhosamente de ARMADILHA DE SATANÁS. Não acho que saiu de moda porque era feio (apesar de ser), e sim porque era EXTREMAMENTE DOLOROSO usar aquele negócio, porque era IMPOSSÍVEL colocar ou tirar sem arrancar metade do cabelo junto com aquele troço.

Esse NEGÓCIO DO DEMONHO não merece nem mais uma foto!!!


TERERÊ
  Isso era para as meninas fashionistas, que usavam isso nas pontas das tranças. Confesso, usei MUITO isso, mas morria de medo de acabar perdendo um teretê e a trança soltar, então usava um daqueles elásticos transparentes e por cima o tererê, só pra dar um charme. E não podemos esquecer do companheiro fiel, a bandana!

Tererês também não precisam de outra foto porque essa transmite tudo o que os tererês significavam


ANEL DE POMPOM
   Não sei de onde vieram os anéis de pompom, e muito menos para onde foram (provavelmente pra um canto sombrio do inferno), mas eles foram um FEBRE. Nas mãos de quase toda menina você podia ver uma Barbie, e na outra um anel que parecia um coelho tingido geralmente de rosa. Tivemos também os elásticos com pompom, que de verdade pareciam com um coelho não muito pequeno.


  E a prova de que isso parece MESMO com um coelho:


PRESILHAS DE BORBOLETA
   E por último o meu favorito, o que eu guardo com muito carinho, que fez parte de muito mais da metade da minha vida. As presilhinhas de borboleta, coloridas e brilhantes. Que eu adorava colocar na franja (não me julgue).
   Elas não serviam pra prender o cabelo de verdade, eram realmente só de enfeite, e mesmo tendo um modelo que aparentemente todas as meninas no mundo tiveram em algum momento, haviam outras presilhas de borboleta mais chiques, usadas para ocasiões especiais, como a sua formatura da 4ª série, ou a formatura do PROERD.

Sandy moldando nossa adolescência



Aliás, gente, olha a Miyuki! Ela era a personagem mais estilosa dos anos 2000!!! Quem não amava/era Miyuki???

Eu amo/sou Miyuki


   Como vocês podem ver, o que parece ruim hoje já foi muito pior. Qual a minha intenção com tudo isso? ALERTAR O MUNDO!
   Já começamos com as calças boca de sino tentando se passar por “”flare””, as calças de cintura alta, as blusas tipo cigana, as jardineiras... Chega! É melhor parar, antes que as pessoas voltem a usar O MALDITO BICO DE PATO! NÃO VOU AGUENTAR A PRESSÃO SOCIAL PRA VOTLAR A USAR AQUELAS ARMADILHAS DE SATANÁS!
   É, esse post foi todo escrito pra alertar todo mundo dos perigos dos bicos de pato! Eles está tentando voltar, se infiltrar dentro da sua casa, prender e arrancar os cabelos dos seus filhos! Não deixem! ACABEM COM A VOLTA OS TRENDS DOS ANOS 90/2000!
   Acho que minha tentativa de blogueira de moda deu certo.

   É isso.
   Boa semana, e até segunda (se tudo ocorrer de acordo com o plano) no review de Game of Thrones!

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