Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda
E aí, Chuchus! Sim, eu sei, mais uma semana sem post meu, mas dessa vez eu tenho um monte de desculpas.
Primeiro: meu
irmão quebrou o pé. Três semanas atrás. E levou duas semanas pra ir ao
hospital. Ele ficou 14 dias pulando de um lado pro outro com o pé quebrado
falando que nem tava doendo. E então ele finalmente decidiu que era hora de ir
ver o que tinha de errado, bem no dia do aniversário da minha mãe.
Que é o outro
motivo: o aniversário da minha mãe. Passei boa parte do fim de semana passado
fazendo o almoço de domingo (que aliás vai ter post também porque eu e a Gabi
não conseguimos parar de pensar em coisas pra postar aqui, mesmo que nunca
postemos essas coisas de verdade).
Também tive vários
incidentes com o meu gato. Agora ele acorda às 5 da manhã e não me deixa mais
dormir. E semana passada, além de ficar mordendo meus pés, esse senhor ainda
subiu na estante da sala, abriu a portinha de vidro e derrubou a caneca do meu
irmão, que a gente deixava lá de enfeite. Sim, meu gato subiu na estante, abriu
a portinha de vidro e deliberadamente derrubou a caneca, que se quebrou em
milhares de pedacinhos no chão. Às 6 da manhã. E adivinha quem fui a trouxa que
teve que limpar tudo.
Além disso, também
tive o Misterioso Caso do Olho Inchado, que foi basicamente isso. Meu olho
esquerdo ficou inchado de repente. De manhã parecia que eu tinha tomado um
soco, mesmo não estando roxo, e de noite voltava quase ao normal. Três dias em
que eu não sabia se meu olho ia cair ou não.
E finalmente, LUKE
CAGE!!!
Eu pensei em fazer
um post sobre a série, mas sinceramente nem sei por onde começar. Só digo uma
coisa: Claire Rainha da minha vida. E digo mais: Luke Rei do meu mundo. E só
mais isso: Misty Imperatriz da porra toda.
E também consegui
fazer um café coado bom três vezes seguidas!! Isso é uma vitória pra mim porque
meu café é horrível.
Mas enfim. Não vim
aqui pra me desculpar (mesmo eu já tendo feito muito isso). Vim pra celebrar
essa data tão importante! Hoje, Dia das Crianças! (na verdade dia de Nossa
Senhora Aparecida, mas não vamos nos prender aos feriados católicos incluídos
arbitrariamente no nosso calendário juliano)
É comprovado que crianças que tiveram contato com livros desde muito cedo, seja porque os pais leem muito, ou porque leem pra criança, ou simplesmente porque há muitos livros em casa, aprendem a ler e escrever mais facilmente, além de desenvolverem vocabulário mais extenso e conseguirem se comunicar mais claramente quando mais velhas. Ler pra crianças, além de incentivar a criatividade e a imaginação, é um investimento no futuro. E por, trago-lhes dicas de livros infantis que você pode presentear os pequeninos à sua volta! Livros que eles podem ler sozinhos, ou que você pode ler pra eles e transformar essa experiência em uma oportunidade de criar laços que vão durar pra sempre!
Esse foi um dos primeiros
livros “grandes” que eu li. Fiquei bem impressionada quando terminei de ler o
livro de cento e poucas páginas em três dias. Aquilo era muito rápido pra mim.
Na verdade eu já tinha me impressionado muito lendo um livro que eu precisei
usar um marca-páginas pra poder continuar no dia seguinte porque, na minha
cabeça, eu ia esquecer tudo o que tinha lido. Me senti bem adulta.
Mas enfim. Todo
mundo conhece a história da menina que segue o coelho no buraco e vai parar num
lugar muito estranho. Há muitas teorias sobre as influências que o livro pode
fazer nas crianças, psicologicamente e inconscientemente, mas vamos deixar isso
de lado e nos focar no mais simples: é uma história cheia de coisas estranhas, com
animais e cartas de baralho que falam e rainhas que mandam cortar a cabeça.
Esses são elementos que prendem muito a atenção das crianças e realmente dão a
sensação de que qualquer coisa pode acontecer na história.
Se você ainda não
leu, talvez essa seja a oportunidade de fazê-lo com seu filho/a, sobrinho/a,
primo/a, vizinho/a, crianço/a, etc.
#Peter Pan
Li o livro quando
já tinha assistido ao filme de 2003 (ótimo filme aliás, muito bom, recomento
muito), e tinha assistido às animações. Ainda assim, ler o livro foi uma
sensação diferente.
Além dos aspectos
de “eu estou lendo um livro uuuh como eu sou adulta”, teve toda a narrativa da
história, que não é tão infantil quando as adaptações fazem parecer. Sim, o
livro é infantil, mas não infantilizado. Tem mais drama, aventura, e há
momentos em que a esperança parece realmente perdida. O que faz completo
sentido, já que a história é justamente sobre crescer e perder um pouco da
inocência da infância.
Claro que quando
lemos nos identificamos com o Peter e pensamos “claro que eu sou como ele,
nunca vou crescer e virar um adulto”, mas não é essa a mensagem. A mensagem é
que todos temos que crescer, mas não precisamos virar pessoas completamente
diferentes quando isso acontece.
Mas claro que as
crianças gostam mais das partes com as sereias, navios e índios.
Esse livro tá na
lista porque é um dos livros infantis mais fofos que já li. É o tipo de
história escrita pra tratar de um tema muito recorrente na infância. No caso,
Marcelo não concordava com os nomes dados às coisas.
Esse é o tipo
clássico de perguntas que as crianças fazem: por que cachorro chama cachorro? Por
que a gente bota calça, mas calça bota? É, esse tipo de coisa que você ouve num
domingo e fica pensando pro resto da vida.
Esse livro mostra
que realmente às vezes as coisas são chamadas assim simplesmente porque sim,
mas que é muito importante ter um padrão de linguagem pra que possamos nos
comunicar eficazmente com as outras pessoas. Sim, essa é basicamente a mensagem
do livro. Extremamente importante.
#Goosebumps
A série de terror
que toda escola tinha. São tantos livros e tantas histórias que não dá nem pra
catalogar. Temos vampiros, lobisomens, fantasmas, histórias de sequestro,
assassinato, desaparecimento, e tudo mais que você conseguir imaginar. Elas
trazem também lições pra crianças, mas são sutis e fazem tanto parte do
contexto da história que, na maioria das vezes, as crianças assimilam e nem
percebem que foi do livro que tiraram esses ensinamentos. São coisas como não
tire conclusões precipitadas, não julguem pessoas que não conhecem, não
desobedeçam os pais, não vão onde te falaram pra não ir. Coisas que toda
criança ouve, e insiste em não cumprir, e que são melhores aprendidas num
contexto lúdico com personagens com os quais ela se identifica, do que em uma situação
real e potencialmente perigosa.
E temos as
variações nas séries e no filme recente, que sinceramente me recuso a assistir.
Outra série de
mistério e suspense da nossa infância, mas dessa vez totalmente BR. Acho a
Vagalume um pouco mais “adulta” que a Goosebumps. Os mistérios são mais reais,
e as crianças parecem correr perigo mais real, o que é algo que eu
particularmente gostava muito.
Temos os clássicos
O Escaravelho do Diabo, que recentemente virou filme (que eu ainda não vi, mas
quero muito), O Mistério do Cinco Estrelas, A Ilha Perdida, entre muitos
outros. São filmes de mistério de verdade, que não subestimam a criança nem sua
capacidade de desvendá-los. O que era uma coisa completamente nova na época em
que os livros começaram a ser publicados, e que ainda hoje faz com que a série
seja uma das mais conhecidas no país.
Percebeu que eu
quase sempre falo das lições que o livro traz? Quase sempre sutis o suficiente
só para que a criança as assimile, mas sem perceber que aquilo é realmente uma
lição? Pois é, isso não acontece na Bolsa Amarela.
Li já no fim da
faculdade, e me impressionei muito. Talvez as lições parecessem realmente sutis
se eu tivesse lido aos 10 anos, mas aos 21 tudo aquilo parecia muito claro. E
incrível.
É um livro sobre
uma criança tendo uma crise na vida. Realmente uma crise. Uma criança com tanta
criatividade, com tanta vontade de fazer as coisas que ela sentia uma
necessidade física de botar tudo aquilo pra fora. É tanta criatividade que
choca. E não só a crise criativa, como a crise que ela passava por ser criança,
e por ser menina, e por não ser levada a sério. São coisas que os adultos
muitas vezes não pensam sobre, mas que as crianças realmente sofrem.
Além de ser um
livro muito importante pra crianças que o leem, é muito importante pros adultos
que entendem todas as problemáticas descritas. Então, se você é um adulto que
tira sarro das brincadeiras das crianças, ou que grita pras meninas se
comportarem como “mocinhas”, ou que simplesmente tenta podar a criatividade dos
pequeninos, talvez você também devesse ler esse livro.
Uma daquelas
séries que você cresce junto com os personagens. Acho incrível como as
temáticas em As Crônicas de Nárnia amadurecem. Começamos com duas crianças
explorando um mundo desconhecido e cheio de mágica, depois vemos como aquela pequena
aventura afetou aquele mundo incrível, e no fim demos uma luta de poder com
macacos e burros fingindo serem divindades. Sério, é um desenvolvimento
gradativo que você só percebe o quanto evoluiu quando chega no final. Como
quando as crianças só percebem o quanto cresceram em um ano quando vão colocar
aquela calça no inverno e a barra para quase no meio da canela.
Também temos a melhor
adaptação de livro infanto-juvenil (com O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupas)
e a pior adaptação de livro infanto-juvenil (com A Viagem do Peregrino da
Alvorada). Versatilidade, né gente.
Claro que não
podia faltar. CLARO que não. Esses são livros que todo mundo deveria ler,
independente da idade, mas realmente é especial crescer junto com o Harry.
O diferencial dos
livros é o amadurecimento dos personagens, que acompanha muito as temáticas dos
livros. Não é raro ter séries de livros onde isso acontece, mas em Harry Potter
isso parece muito mais natural. Além disso, vários outros temas são tratados
nos livros, como o abandono afetivo que muitas crianças sofrem e muitas vezes é
ignorado porque ela não passa por necessidades materiais, o abuso de poder de alguns
professores (como o Harry, que sempre teve comida e roupas, mas era tratado e
forma totalmente diferente ao Duda), a manipulação da mídia em questões
importantes (como a Rita Skeeter manipulando de toda forma possível os eventos
no Torneio Tribruxo, e depois a própria vida do Dumbledore na biografia que ela
escreveu. Aliás, JK bem que podia escrever isso né!), como nem sempre o governo
está certo, ou quer o que é mais importante para a população (como Cornélio
Fudge ignorando completamente a volta de Voldemorte, e punindo Harry por dizer
que ele está de volta), e que “rivalidade” nem sempre quer dizer “inimigos”
(como o fato de que todos os participantes do Torneio Tribruxo terem
desenvolvido um laço de companheirismo durante o Torneio, apesar das intrigas
que Rita tentou plantar).
Esses são temas
que muita literatura adulta falha em tentar transmitir, e que Harry Potter
consegue desenvolver sem problemas.
Além disso, temos
também uma ótima iniciativa do Itaú, o Itaú Criança, que todo ano distribui livros infantis
grátis pra quem fizer o requerimento. Peço livros a 4 anos, e á estou montando
uma pequena biblioteca que com certeza vai fazer meus aluninhos muito felizes.
Enfim, essas são
minhas recomendações. Se é tarde demais pra um programa de Dia das Crianças,
sempre temos Natal, aniversário, ou simplesmente um fim de semana livre. O que
importa realmente é incentivar a leitura, e dar um bom exemplo.
E vocês? Quais são
os livros que vocês liam quando eram criança e quais recomendaria nessa data
tão especial pros pequeninos?