E aí Chuchu Awards: Melhores do Ano - Livros
E aí, Chuchus! Sim, amiguinhos, trabalhamos na véspera de Natal! E mais
uma semana significa mais uma edição dos Chuchu Awards! Dessa vez, trago-lhes os
melhores livros* que li em 2017!
Mantendo as regras da minha primeira
postagem, essa é uma lista dos livros* que li esse ano, com algumas ressalvas: livros*
porque li duas séries esse ano, então coloquei ambas como se fossem um “livro”
porque não queria falar deles individualmente. Não vou colocar eles em ordem do
que mais gostei para o que menos gostei, mas escrevo se recomendei ou não.
Vocês também vão perceber que existe um tema recorrente em muitos desses
livros, e digo que só percebi quando fui fazer a lista (mas sinceramente, a
maioria deles peguei como recomendação do Tumblr então não sei o que esperava).
E mais um adendo: se quiser
acompanhar o que eu ando lendo, pode me seguir no Skoob! Eu não comento nada
por lá, mas é uma ótima forma de marcar os livros lido no ano.
Melhor livro sobre um palhaço/aranha/ET/entidade
demoníaca: It - Stephen King
Eu terminei de ler o livro tipo meia
hora atrás, ainda estou digerindo, mas te digo uma coisa: foda.
Você, leitor, já deve ter ouvido
falar do livro, da série de TV, e provavelmente assistiu o filme que saiu esse
ano. Se já teve contato com a história, recomendo muito que leia o livro. Ele é
muito bem escrito, tem muito suspense (o que não é nem um pouco uma novidade
porque é um livro do Stephen King), e dá um puta cagaço em algumas partes (a
festa no Black Spot, o Ben na livraria, a Bev na casa do pai com a
velhinha...).
Minhas únicos comentários: achei que
mais pessoas fossem morrer; achei que alguém que não morreu fosse morrer; não
queria que tal personagem morresse; achei o finzinho só um tiquinho
anticlimático. E o livro também contém as 6 piores páginas já escritas na
história, e aquilo não faz o menor sentido no livro, se tivessem simplesmente
tirado aquela parte não teria mudado absolutamente nada na história, aquilo foi
só pra chocar, melhore muito, Stephen King.
Recomendo muito pra quem gosta do
gênero e tem paciência e perseverança, porque o livro é um tijolo. 8/10 pelas 6
páginas porque elas fizeram meus olhos sangrarem.
Melhor livro com participação
especial de um pêssego: Call me by your name (Me Chame Pelo seu Nome) - André Aciman
(Se você leu o livro sabe bem do que eu to falando, e sim, eu fiquei duas semanas pensando nessa maldita cena. Se não leu, não vou estragar a surpresa.)
Como esse é um livro menos conhecido,
vou contar brevemente a história: Elio é um adolescente que vive na Itália com
sua mãe e seu pai, que é professor universitário. Todo verão, durante 6
semanas, eles recebem em sua casa um estudante universitário, ou de mestrado,
em uma espécie de intercâmbio/estágio não-remunerado, onde o estudante ajuda o
pai de Elio com as coisas da universidade, enquanto tem uma experiência de completa
imersão italiana.
Um ano, quando Elio tem 17 anos, o
aluno de mestrado é Oliver, um americano de 24 anos. E aí coisas acontecem. (Coisas).
Comecei a ler sem fazer ideia do que
se tratava a história, e li só porque era a única coisa que eu tinha no meu tablet,
e minha internet tinha morrido. No começo fiquei extremamente desconfortável com a diferença de idade, mas com o
passar do tempo foi ficando claro que, naquela relação, não havia uma relação
de poder entre Oliver (mais velho) e Elio (mais novo). Pelo contrário, eles
pareciam ter uma relação bem equilibrada e estabelecida antes de qualquer coisa acontecer. Pode ser porque é
escrita pelo ponto de vista do Elio? Pode, mas prefiro pensar que não.
O livro, escrito em primeira pessoa,
é bem poético. No começo parecia demais, muito cheio de coisa, como se quisesse
impressionar mais com o vocabulário do que com a história em si. Aí saiu o
audiobook, lido pelo Armie Hammer, e eu percebi que tinha lido tudo errado e
que o livro é lindo e de agora em diante quero que o Armie Hammer leia tudo em
voz alta pra mim porque SEM OR.
Então, se você falar inglês, ou pelo
menos entender, recomendo que ouça o audiobook porque é melhor que o livro.
Recomendo muito pra quem tem interesse nesse tipo de história, e esse tipo de
livro com linguagem mais poética.
E lembrando também que o filme
baseado no livro, protagonizado por Armie Hammer e Timotheé Chalamet tá aí, ganhando
vários prêmios, e provavelmente vai ser candidato a uns Oscars (talvez melhor
filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado), então podem esperar que eu
ainda vou falar sobre a história com mais detalhes.
O livro é 8/10, porque aquela cena do
pêssego não me desce.
Contagem de personagens masculinos
bissexuais: 2 (isso vai fazer sentido depois)
Melhor série sobre videntes/fantasmas/sonhos/árvores/latin:
The Raven Boys (Os Garotos Corvos) - Meggie Stiefvater(3)
A série na verdade tem 4 livros, mas eu li o primeiro uns anos atrás e achei tão chato que abandonei. Mas aí, por acaso do destino, comecei a ler o resto da série e terminei os 3 livros restantes em tipo 1 semana.
A série conta a história do grupo de
amigos: Gansey (rico nerd obcecado por figuras históricas, em particular reis
galeses), Ronan (rico gótico suave), Adam (pobre, tem 3 empregos, ficou surdo
de um ouvido depois que o pai bateu nele), e Noah (Noah). Os três vivem na
cidadezinha de Henrietta, Virgínia. Gansey, Ronan e Noah dividem a casa mais
daora da vida, Adam vive em um trailer com os pais, estudam na mesma escola pra
milionários (Adam trabalha nos 3 empregos pra pagar a mensalidade), e passam
boa parte do tempo livre tentando encontrar a Linha Lay, uma linha de energia
que pode levar até o túmulo do falecido rei galês Glendower, que segundo a
lenda concederá a quem acordá-lo um desejo.
Um dia os três encontram Blue Sargent,
uma mina filha de uma vidente que vive em uma casa cheia de outras videntes, e
que basicamente tem a habilidade de ampliar poderes mágicos de outras pessoas,
mas ela mesma não tendo nenhum poder.
Os quatro então se tornam
inseparáveis e tem várias aventuras, que incluem: demônios, carros e cremes
para as mãos que saem de sonhos; assassinos cinzas contratados para encontrar
um artefato mágico; árvores que falam latim; assassinato.
O livro tem uma narrativa muito
interessante, que muda muito de acordo com o personagem que tem o ponto de
vista (gosto principalmente do Grey Man), e é também bem poética, cheia de
metáforas. A história é muito interessante, cheia de reviravoltas, mas em
alguns pontos é possível perceber que, no começo, a autora não tinha certeza de
como algumas coisas aconteceriam 100%, então tem alguns detalhes que acabam não
fazendo muito sentido.
Pessoalmente, acho que o final foi
fraco e talvez um pouco preguiçoso, mas fiquei tão feliz com um acontecimento
em particular que relevo e dou 109/10. Estou ansiosa no guardo da série
do Ronan.
Contagem de personagens masculinos
bissexuais: 1
Contagem de personagens masculinos
gays: 1
(eu não fazia ideia, mas o
desenvolvimento dos personagens foi tão bom que quando finalmente aconteceu eu
quase explodi de felicidade e AAAAAHHHHHH!!!!! eu amo meus filhos)
Melhor livro com um esporte inventado
desde Harry Potter/Melhor livro sobre a máfia japonesa: The Foxhole Court - Nora Sakavic (4)
Neil Josten está fugindo do pai,
assassino da Yakuza, a anos. Ele é apaixonado por Exy, um esporte que é mais ou
menos uma mistura de lacrosse com hóquei jogado em uma quadra tipo de basquete.
Um dia, um treinador de um time de Exy de uma universidade oferece uma bolsa
esportiva pra ele. Neil não quer, porque aquilo significaria ficar no mesmo
lugar por 4 anos (e ele não ficava no mesmo lugar nem por um ano), mas Kevin
Day, superastro de Exy que está de alguma forma conectado com o passado de Neil,
o convence a entrar no time. No time também temos o homicida Andrew e seu gêmeo
Aaron, o primo deles, Nick, Alison, Renee, Dan (a capitã do time), Matt e Seth.
Parece uma história muito fantasiosa
escrita em algum site de fanfic na internet? Sim, parece porque é basicamente o
que aconteceu. O livro foi autopublicado na Amazon e pode ser comprado
fisicamente (por um preço honesto e um frete absurdo) ou em ebook.
O fato de ter sido autopublicado
significa que não houve um tratamento de um editor, o que dá pra perceber pela
narrativa (mas não pela diagramação e pelos erros de escrita e concordância,
graças a Deus). A história fantasiosa é provavelmente um dos grandes motivos
pelo livro não ter sido publicado por uma editora. Eu não vou nem argumentar
sobre como a história é boa porque, sinceramente, não li pela história, eu li
porque os personagens são muito bons e os diálogos são hilários. Andrew tem uma
classe na hora de ofender as pessoas que me deixa abismada, e Neil tem uma
habilidade de não perceber o que acontece em volta dele que me deixa surpresa
ele ter sobrevivido tanto tempo.
No geral, recomendo muito. É uma
série rápida de ler, bem divertida, com ótimos personagens, mas se alguma coisa
parece não fazer sentido só siga em frente e continue a nadar. 9/10.
Contagem de personagens masculinos
gays: 2
Contagem de personagens masculinos
demissexuais: 1
(Sexualidade não é um ponto muito
importante na história, já que só se torna mesmo relevante lá pro meio do
ultimo livro, mas também não é algo gratuito colocado ali só por colocar. O desenvolvimento
dos personagens, desde o primeiro livro, deixa claro que aquele era o caminho
que a autora viu pra eles desde o começo, e mesmo que não pareça muito realista
[como muita coisa nessa série], também não é forçado.)
Melhor livro que jogou um cisco no
meu olho: Aristotle and Dante Discover the Secrets of the Universe (Aristóteles e Dante Descobrem os Segredos do Universo) - Benjamin Alire Sáenz
Ari é um menino tímido e com poucos amigos. Um dia ele conhece Dante em uma piscina pública, e os dois começam a brincar juntos, e se tornam grandes amigos.
É isso que dá pra falar sem dar
spoilers.
Ari and Dante ganhou diversos
prêmios, e foram todos merecidos. É um livro leve, fofo, e muito bem escrito.
Eu consegui perceber como Ari estava crescendo pela forma como o livro era
escrito, no começo mais infantil e no final mais jovem-adulto.
O livro é sobre os dois: como Dante
se descobre, longe de Ari, e como Ari se descobre, vendo Dante crescer. E o
livro também é sobre família: como as duas famílias são diferentes, a de Dante
cheia de carinho e beijos na bochecha, e a de Ari cheia de silêncio e fotos
escondidas na gaveta, mas mesmo assim as duas famílias são cheias de amor e
compreensão.
Nesse a temática LGBT é bem forte. É
sobre se descobrir em sua sexualidade, como se aceitar, e como as outras
pessoas vão te aceitar. Esse não foi meu livro favorito (longe de ser ruim, só
não achei tão bom), mas foi o que
tratou do tema de forma mais direta, e ao mesmo tempo com mais sutileza. Brotou
umas lágrimas no meu olho, 7/10.
Contagem de personagens masculinos
gays: 1
Contagem de personagens masculinos
bissexuais: 1 (eu acho, não sei, sei lá).
Melhor livro que eu ri tão alto que
minha mãe veio ver se eu tava bem: Whatever (or how junior year became totally
F$@KED) - S. J. Goslee.
De novo a temática LGBT é central. A
namorada de Mike termina com ele dizendo que ele é gay, o que pra ele não faz
sentido. Dias depois ele descobre que, em uma festa, ele ficou com um carinha
da turma dele, mas ele não se lembra de nada. Com o passar do tempo ele percebe
que, talvez, ele seja um pouquinho gay, e que talvez o motivo de ele ser tão
ruim em matemática seja porque ele tinha uma queda pelo tutor dele, e que
talvez o menino que batia nele depois dos jogos de baseball tenha uma queda por
ele – o que não faz sentido porque Wallace é um cara bonito demais, até héteros
precisavam admitir isso.
É mais um daqueles livros sobre
descobrir sua sexualidade, e como ela sempre esteve ali, mesmo sem você perceber.
Diferente de muitos, que quase sempre tem um momento dramático pra pensarmos “nossa,
como ainda existe homofobia nesse mundo”, Whatever vai mais pro lado da comédia
(mesmo que tenha ainda um momento um pouco mais dramático nesse sentido).
Também foi bem legal como ele assume sua totalmente sua sexualidade, dizendo
várias vezes ser bi e não gay, ou que “gosta de pessoas”, ou qualquer outra
coisa que dizem pra não usar o termo “bissexual”.
Mike é um personagem muito divertido,
engraçado e fácil de simpatizar. Wallace também é um cara muito legal. O
romance entre os dois é um romance de verdade, não uma situação de “você é gay,
eu sou gay, vamos ser gays juntos” como algumas vezes parece ser nesse tipo de
história.
Esse ganharia o prêmio de “livro
favorito do ano” se essa categoria existisse na minha premiação. 11/10.
Contagem de personagens masculinos
gays: 2
Contagem de personagens bissexuais: 1
Melhor livro sobre piratas na era
Vitoriana: The Gentleman’s Guide to Vice and Virtue - Mackenzie Lee
Monty gosta de meninos e meninas
(essa colocação só é aceitável porque a história se passa por volta de 1700). Esse
é um dos principais motivos pelos quais o pai de Monty, que agora tem um mais
novo herdeiro, quer se ver livre do filho e do perigo que ele pode trazer para
a reputação da família.
Em uma tentativa de coloca o filho na
linha, ele manda Monty com a irmã, Felicity, e o melhor amigo (e amor da vida) dele,
Percy, para um Grand Tour pela Europa, ao final do qual Felicity vai para uma
escola aprender a ser uma esposa (aka costurar, cozinhar, limpar e parir),
Percy irá estudar direito, e Monty tomará um rumo na vida pra herdar os
negócios da família.
Mas a coisa toda degringola em algum
ponto em Merseilles. Monty rouba algo muito importante de um Duque francês, que
sai ao encalço dos três viajantes. Pouco depois, ele descobre que Percy (filho
de um homem branco e uma mulher negra) tem epilepsia, chamada de “doença do
sangue”, e que ao final do Tour ele vai pra um manicômio.
E depois disso, eles partem em uma
aventura tentando encontrar um elixir da vida que poderá curar Percy e fugindo
do Duque, contando muito com os conhecimentos filosóficos, científicos e
médicos que Felicity adquiriu lendo livros “proibidos”, e com a ajuda de
piratas.
No geral, não achei o livro tão bom
assim. Foi divertido, e no final a autora trás resultados de pesquisas que fez
para poder escrever melhor o livro (Grand Tours, tratamentos de epilepsia na
era Vitoriana, políticas raciais, a cultura gay da época), o que mostra que
houve preocupação em fazer algo realista.
(ou quase, já que em um ponto alguém
segurou na mão o coração pulsante de uma mulher).
Nota 7/10. Não me interessou o
suficiente pra continuar a série.
Contagem de personagens masculinos gays:
1 (eu acho) (mais alguns que apareceram no meio mas são irrelevantes)
Contagem de personagens masculinos
bissexuais: 1
Contagem de personagens femininas
assexuais: 1
Melhor livro com esse título que eu
li esse ano: On the Other Side - Carrie Fletcher
Comprei porque queria testar o Bookdepository, site que vende livros com FRETE GRÁTIS PRO MUNDO TODO. O livro tava 5 temers e o frete era grátis, então saiu baratinho.. Levou uns 2 meses pra chegar, mas nem tudo é perfeito.
O livro foi escrito por Carrie Hope
Fletcher, atriz de musicais (foi a Eponine na versão de Westend de Les
Miserable, e acabou de terminar seu período como Wednsday no musical da Familia
Addams, também em Westend) e youtuber, e irmã do Tom Fletcher do McFLY. Esse
foi o primeiro livro de ficção que ela escreveu, e foi muito bem recebido pelo
público e pela crítica, então resolvi tentar.
O livro conta a história de Evie, uma
senhora que morreu e se encontrou, depois de morta, no mesmo prédio onde morou
quando tinha vinte e poucos anos. Lá ela descobriu que não conseguia ir para o “outro
lado” porque sua alma estava pesada, e ela tinha que resolver alguns assuntos
antes de partir.
Pelo livro, nós acompanhamos quando
Evie tinha vinte e poucos anos através de flachbacks, sua jornada tentando resolver
os assuntos pendentes para poder passar para o outro lado, e como sua família
reagiu depois de sua morte. É um assunto interessante, e a história em si
também, mas a forma como ela foi contada deixava muito claro que aquele era o
primeiro livro dela. Muitas coisas pareciam simplesmente jogadas na história
sem propósito, eu fiquei completamente perdida no tempo (Evie morreu com uns 80
anos, e parte da história se passava quando ela tinha uns 20, então devemos
assumir que era por volta de 1960/70, e deixa eu te falar, aquilo não parecia
NADA com os anos 60/70).
Fora isso, achei um livro bacaninha,
mas dou só 6/10. Recomendo pra quem gosta desses livros mais espirituais e
romances água com açúcar.
Contagem de personagens masculinos
gays: 2
Contagem de personagens masculinos
bissexuais: 1
Contagem de personagens femininas
pansexuais: 1
(Taí um livro onde a sexualidade foi
usada só pra parecer diferente. Entendo o irmão da Evie, deixo essa passar, mas
Vincent???? Foi mencionado uma vez, teve mais uma breve referência, mas isso
não teve importância nenhuma na história, e os trechos em que foi referenciada poderiam
ser tiradas do livro e nada no personagem daria qualquer indicação da
bissexualidade dele. Achei interessante o fato de ele ser, mas a execução
poderia ter sido melhor. E sabendo quem escreveu, e quem ela namorava na época,
acho que foi só pra fazer uma homenagem, mas sei lá)
Melhor livro comparado com Garota
Exemplar, mas que não chega nem perto de Garota Exemplar: A Garota no Trem - Paula Hawkings
Me venderam o livro e o filme como algo no nível de Garota Exempla´. Eu sabia que não ia ser no mesmo nível, mas ainda assim fiquei decepcionada.
O livro parecia uma bagunça. Um dos
pontos de vista é da Rachel, uma mulher alcoólatra e divorciada que passa todos
os dias de trem pela casa do ex-marido, Tom. A algumas casas de distância ela
observa um casal que parece típico de comercial de margarina: um homem bonito e
forte que ela chama de Jason, e uma mulher bonita, loira e magra que ela chama
de Jess. Um dia, ela vê a mulher beijando outro homem. Rachel bebe até o cu
fazer bico, e acorda no outro dia em casa sem lembrar de nada. No dia seguinte,
ela vê a foto de Jess em uma nota de desaparecimento.
Temos também o ponto de vista de Ana,
nova esposa de Tom, que acabou de ter uma filha. Ana vive em função da filha e
em paranoia com medo de Rachel voltar.
E por ultimo, temos o ponto de vista
de Megan, a “Jess”, que não chega nem perto da perfeição que Rachel imagina. Ela
guarda um grande segredo em seu passado, que faz com que ela tenha dificuldades
de se abrir para as pessoas.
O grande segredo do livro é o que
aconteceu naquela noite. Parece uma
premissa interessante, mas na metade do livro eu já sabia quem tinha feito o
que e eu só ficava mais frustrada porque nada era resolvido. Não consegui simpatizar
com nenhum personagem, o que não é necessariamente uma coisa ruim já que o
mesmo aconteceu com Garota Exemplar, mas o livro não foi bem escrito o
suficiente pra me fazer querer saber o que aconteceu. Li porque tinha que
terminar.
Dou 6/10. Recomendo assistir o filme,
não porque é bom, mas pelo menos é mais rápido.
Melhor livro da sétima série que eu
comprei 10 anos depois de ler e continua sendo muito amorzinho: Um Menino
Chamado Rorbeto - Gabriel, O Pensador
Foi escrito pelo Gabriel, O Pensador
e conta, todo em forma de poema, a história do Rorbeto, um menininho cujo pai é
analfabeto (por isso o nome escrito errado) que, quando entra para a escola e
aprende a contar, descobre que tem um dedo a mais na mão direita. Ele fica com
vergonha e tenta esconder a mão dentro de um saco para os outros coleguinhas
não descobrirem, mas quando precisa tirar a mão do saco para escrever na lousa,
os colegas ficam impressionados com a letra bonita que ele tem e falam que o
dedo a mais só o ajuda a escrever melhor.
É um livro muito fofo, escrito pra
crianças de primeiro a terceiro ano, que fala sobre aceitação de si mesmo e do
outro, apesar das diferenças. É lindo, e recomendo pra todo mundo, 11/10.
Menção honrosa: Gavião Arqueiro
Sim, preciso fazer a menção honrosa! Meu super-herói dos quadrinhos favorito! Amo Clint, amo Kate, amo David Aja e Matt Fraction!!!
O arco desenvolvido por eles, que
está sendo lançado aqui no Brasil em capa dura pela Panini, é a coisa mais
linda do mundo. A arte é fantástica, as histórias são muito boas, e a forma
como as histórias são contadas é magnífica. Pra ter uma ideia, temos uma parte
toda contada do ponto de vista do cachorro, e outra contada sem texto, só com
língua de sinais! É outro nível!!
Recomendo pra quem é fã de
quadrinhos, e pra quem não é também!
Contagem de personagens femininas
bissexuais: 1 (KATE É BI E AMA A AMERICA CHAVEZ VLW FLW)
Saldo final:
Personagens masculinos bissexuais: 7
Personagens masculinos gays: 9
Personagens masculinos demissexuais:
1
Personagens femininos assexuais: 1
Personagens femininas pansexuais: 1
Personagens femininas bissexuais: 1
Qual a conclusão desse saldo? Que o
Tumblr é mesmo bem gay. E que eu leio mais livros com personagens principais masculinos,
o que é uma coisa que eu preciso mudar.
E essa foi a minha lista. Escrevi
demais? Sim, mas eu não consigo não escrever muito quando é sobre livros.
Vocês leram alguns desses? Gostara? Não
gostaram? Querem dar alguma sugestão? Os comentários (e meu coração) estão
abertos para ouvir o que vocês têm a dizer!
Bom fim de semana, feliz Natal, feliz
Ano Novo, e até 2018!!















