não sei, só sei que foi assim

8/01/2016 Isabela Bracher 0 Comments


     E aí, Chuchu! Tudo bem? Comigo, nem tanto.
    Primeiramente, antes de qualquer coisa, preciso esclarecer um acontecimento retratado erroneamente neste tweet:



     Outra pessoa, com a intenção de me difamar, resolveu contar o que aconteceu de forma confusa, e não me deu a oportunidade de contar o meu lado da história. Então eis aqui, verdadeiramente, o que aconteceu.
    Estávamos andando no parque, domingo à tarde, e conversávamos sobre utensílios de cozinha, como qualquer um faria em um domingo à tarde. Lembrei então de um acontecimento, e para contar tal acontecimento eu precisava me lembrar de uma palavra específica, mas eu tinha me esquecida dessa palavra específica. Porque era domingo à tarde, estava sol, estava calor, e há muitos utensílios de cozinha para que eu me lembrasse o nome de todos.
    Para que o outro sujeito presente na história me ajudasse a lembrar do nome de tal utensílio, eu disse “é aquele negócio que frita”. Minha companheira de passeio, pensando nos mais caros utensílios presentes no mercado, falou “fritadeira”. Mas não era fritadeira, eu pensava em algo mais antigo, “mais medieval” (mesmo essa não sendo a palavra que eu queria falar, o calor estava realmente diminuindo meu raciocínio), e ainda disse algo que foi completamente excluído da narrativa anterior: “parece uma panela mais baixa”, e foi esse o momento em que me lembrei o que havia escapado da minha memória. “FRIGIDEIRA!”.
    Então, amigos, essa é a verdadeira história que aconteceu. Não foi exatamente da forma coo havia sido transmitida inicialmente.
    Ser falsamente acusada de “não saber o que é frigideira” quando nunca me foi dada toda a história ou “apenas não me lembrava da palavra” é assassinato de personagem. Eu gostaria muito de ser excluída dessa narrativa, uma que eu nunca pedi para ser parte, desde 31 de julho de 2016.
     E é esse o meu lado da história.

    Falando em histórias mal contadas (em uma transição muito suave, como podem perceber), há muitos acontecimentos muito estranhos no mundo. Coisas que acabam se transformando em lendas, mitos, histórias de terror para serem contadas em volta de uma fogueira, no estilo Desgraçada da Escuridão.
    E é isso que eu venho trazer-lhes-vos. Mas não vou contar sobre as histórias mais comuns, como o Chupa-Cabra, ou o ET Bilu, ou o Padre do Balão. Trago-lhes-vos histórias que vão lhes-vos fazer pensar, teorizar, tentar achar explicações. Coisas que, por séculos, continuam sendo mistérios misteriosos sem elucidação. Tirei todos eles desse site, que é ótimo pra quem é paranoico e fica atrás de teorias da conspiração.

# Doença do suorzinho

Sweating Sickness


    Doença que ficou muito popular entre os fãs de The Tudors. Aparecendo na Idade Média, período muito conhecido por doenças incuráveis (e que hoje já se conhecem a cura), más condições sanitárias, banhos mensais e a Peste Bubônica, a Doença do Suor também teve um certo destaque no ranking de epidemias que quase dizimou a população da Europa – principalmente da Inglaterra. Na primeira vez que apareceu, em 1485, a doença matou milhares de pessoas em só Londres, apenas de agosto a outubro.
    Os sintomas incluíam tremulações similares ao da febre alta, dor por todo o corpo, seguido pela sensação de exaustão. E então vinha o suor, que deu nome à doença. Algumas pessoas tinham tontura, dor de cabeça e uma sede insaciável. Durante a crise de exaustão, as pessoas geralmente acabavam dormindo, e acordavam mortas (haha, acordavam mortas). Diferente da Peste Bubônica, a doença do Suor não apresentava sintomas visíveis como irritações ou erupções na pele, por isso era extremamente difícil perceber que alguém tinha a doença antes de ser tarde demais. As pessoas poderiam acordar completamente bem e morrer antes do fim do dia, ou em apenas algumas horas.
    A doença desapareceu misteriosamente em 1492, e por 10 anos aparentemente não houve nenhum caso. Em 1528 a doença voltou com força novamente, tendo Londres como epicentro inicial, mas rapidamente se espalhando pelo resto da Europa (exceto a Escócia, por algum motivo). O ultimo caso conhecido ocorreu em 1551, e por algum motivo desconhecido, a doença não voltou a aparecer.
    Não há nenhuma explicação para o que pode ter causado a doença. Algumas pessoas teorizam que possa ser a qualidade da água ou as péssimas condições sanitárias, mas não há consenso. O que se sabe é que ela nunca voltou a surgir.

# Chuva de granito (Entendeu? Porque existe chuva de granizo!! Hahaha)

Rain Stones

    Por incrível que pareça, há muitos relatos de coisas estranhas caindo do céu, como feijões (St. Louis em 1945), peixe (Texas em 1985), e moedas de prata (Russia em 1940). Mas a coisa mais comum são pedras. Isso mesmo, pedras.
    Um dos incidentes mais conhecidos aconteceu em 1901 em Ohio. Um jornal loca noticiou que em 13 de outubro, uma pequena pedra quebrou a janela de uma casa perto da cidade. A família saiu pra investigar, mas não havia ninguém por perto. Enquanto a família estava lá fora, outras pedras começaram a colidir com a casa. Com o passar dos dias, outras áreas da cidade começaram a ser atingidas por essas pedras, ainda sem ter uma fonte. A cidade chegou ao extremo de prender todos os homens e meninos, pra ter certeza de que nenhum deles estava jogando as pedras, mas elas continuaram caindo. Até que um dia elas simplesmente pararam, tão misteriosamente quanto começaram.
    Anos depois algo similar aconteceu na Indonésia. Um homem acordou quando uma pedra caiu perto de sua cama. Quando ele acendeu uma lâmpada, viu pequenas pedras caindo do teto. O homem e um empregado começaram a procurar pela casa e nos arredores quem ou o que poderia ter causado aquilo, mas não encontrou nada. E quando subiu no telhado, viu que as pedras caíram pelo teto sem causar um buraco no telhado.
    E além desses casos, há pinturas do século XVI que mostram pedras ciando do céu. Mas acho que essas pinturas não podem ser levadas muito em consideração, porque eu não acho que a humanidade já teve que enfrentar lesmas de 1 metro de altura.



    Apesar do número de incidentes e do número de pedras que caem, pessoas geralmente não se machucam. Coisas são quebradas, mas ninguém morreu de uma pedra caindo do céu.

# Febre da Dança

The Dancing Plague


    Em julho de 1518, Frau Troffea começou a dançar sem nenhum motivo. Não tinha música, e ele não parecia nem um pouco feliz, mas nada nem ninguém conseguiu fazê-la parar.
    Se fosse apenas um incidente isolado, a igreja culparia possessão demoníaca ou loucura e encerraria o caso, mas pouco depois que ele começou a dançar, seu vizinho se juntou a ela. E depois outro, e outro, e outro, e no fim da semana já eram 30 pessoas dançando SEM PARAR. E em um mês, já eram 400 pessoas.
    Quando as pessoas começaram a morrer de exaustão, ataques cardíacos, ou AVCs, médicos e autoridades foram chamados para cuidar do caso. E por algum motivo eles acharam que o melhor remédio para esse fenômeno era MAIS dança, então eles construíram um palco de madeira e chamaram cantores e músicas, e assim surgiu a primeira Rave-n.
    Uma das teorias mais plausíveis é que isso foi um fenômeno de histeria coletiva: quando uma pessoa acredita que foi infectado por algo, outras pessoas passam a acreditar que foram também. Mas o caso de histeria coletiva com o maior número de “infectados” afetou apenas 95 pessoas, e esse afetou 400!! E as pessoas estavam morrendo por causa disso!
    Outra teoria é “ergotismo”, que surge quando o centeio é infectado por um certo tipo de fungo, e que quando ingerido causa convulsão. Mas novamente, isso aconteceu por mais de um mês, e convulsões não duram tanto tempo assim, e os movimentos das pessoas eram mais semelhantes a movimentos de dança do que convulsões.
     A melhor teoria é que eles foram infectados pela Disco Fever, que só veio a ser diagnosticada na década de 70. Os eventos podem ser acompanhados no documentário Footloose.

# Rochas que andam

The Sailing Stones


    Esse fenômeno, estudado a anos e ainda sem explicação, se trata das rochas de 300 quilos que misteriosamente escorregam pela terra, sem nenhum tipo de manipulação física. Mas, apesar dos anos e anos de estudo, ninguém chegou a ver as rochas se movendo.
    Alguns pesquisadores acham que as pedras se movem porque, na região, durante o inverno, uma camada de gelo escorregadia se forma no chão, e ventos muito fortes poderiam fazer com que as rochas se movessem. Mas são rochas de 300 quilos!! E pra piorar, as rochas não seguem um padrão. Algumas se movem em linha reta, até subitamente virarem em um ângulo de 90 graus. Algumas rochas estão fisicamente perto de outras, e começam a se movimentar na mesma direção, mas uma para enquanto a outra continua. Ou então, uma muda de direção enquanto a outra continua no mesmo sentido em que estavam se movendo. Ou, mais estranho, dão meia volta e se movem na direção de onde vieram.
    Minha teoria é: a Força.
    E uma curiosidade: os pioneiros costumavam viajar nessas belezinhas por quilômetros.



#Prison Break

Alcatraz Scapees


     Deixei essa por ultimo porque ela tem um desfecho surpreendente.
    Em junho de 1962, um trio de prisioneiros conseguiu escapar de Alcatraz, a prisão inescapável. Frank Morris e os irmãos Clarence e John Anglin, presos por roubo à banco, posse de narcóticos e assalto a mão armada, junto com outro prisioneiro, Allen West (The Flash?), planejaram sua fuga por meses.
    O plano era simples: cavar em torno das grades de ventilação que ficavam na parede traseira das celas, rastejar pela parede até o telhado, e depois descer pela costa rochosa. E foi o que Morris e os Anglin fizeram, em 11 de junho. West não conseguiu sair porque o acesso até o telhado estava bloqueado. Os três fugitivos deixaram em suas camas bonecos feitos com sabão e cabelo da barbearia, que foram bons o suficiente pra enganar os guardas durante a contagem noturna.



    Uma vez no telhado, os três inflaram um raft que eles fizeram com capas de chuva que pegaram emprestado ou roubaram dos outros detentos. E então eles saíram velejando pela noite.
     E nada mais se soube deles. Mas muitas coisas indicam que a tentativa não foi bem sucedida. Por exemplo: segundo West, quando chegassem à costa, o plano era roubar algumas roupas e um carro para poderem escapar, mas nenhum carro foi roubado depois da fuga. Além disso, vários objetos dos homens foram encontrados boiando na água, e um mês depois algumas pessoas da equipe da prisão acreditaram ter visto um corpo boiando na água, mas isso nunca foi verificado e nenhum corpo foi encontrado na costa. Mas os Mythbusters provaram que a fuga deles era sim possível, exatamente da forma como foi planejada.
    E esse era o desfecho. Até alguns anos atrás, porque algo apareceu na internet e mudou tudo.
    Essa foto:



    Aparentemente, não só os irmãos Anglin sobreviveram à fuga, mas eles conseguiram fugir do país! Mais precisamente para o Brasil! Mais precisamente para o Rio! E mais precisamente compraram uma fazenda! E se casaram! E tiveram filhos! Tem um artigo gigante sobre isso, mas eu to com preguiça demais pra traduzir (e ler) então tá aqui o link em inglês.
    Mas o crime do século, a fuga do lugar mais “infugível” do mundo, aparentemente aconteceu!! E os criminosos vieram justamente pro Brasil!! Que beleza, hein! Estamos todos no aguardo do filme.

    Enquanto isso, eu me despeço! Bom dia/boa semana/bom mês, e até o próximo post! Depois de meses conseguindo postar uma vez por semana, então acho seguro dizer também até semana que vem!

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