#ProjetoOscar - Moonlight - Sob a Luz do Luar (review)

1/26/2017 Isabela Bracher 1 Comments

E aí, Chuchus! Estão prontos pra mais um post de Oscar? ESTAMOS CAPITÃO
Então vamos lá!!!

MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR - MOONLIGHT



Direção: Barry Jenkins
Roteiro: Barry Jenkins (adaptação); Tarell Alvin McCraney (história)
Elenco: Mahershala Ali; Janelle Monáe; Naomi Harris; Alex Hibbert; Ashton Sanders; Trevante Rhodes.
Duração: 1h 51min
Impressões: MUITO bom, mas podia ser ainda mais.
Indicações: Melhor Filme; Melhor Direção (Barry Jenkins);  Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali); Melhor Atriz Coadjuvante (Naomi Harris); Fotografia; Roteiro Adaptado (Barry Jenkins);Edição; Trilha Sonora (Nicholas Britell).

Moonlight conta a história de Chiron em três períodos de sua vida, na infância, adolescência, e vida adulta, enquanto ele tenta se encontrar no mundo. Essas três partes são muito distintas, se dividindo realmente em três capítulos: Little, Chiron, e Black.
Em “Little” temos o começo de sua relação com Juan e Teresa, e o início do vício de sua mãe. Também vemos como, desde pequeno, a questão da homossexualidade é um problema no lugar onde vive, mesmo que as próprias crianças não saibam o que é isso. E já nessa primeira parte, podemos ver o começo dos sentimentos entre Kevin e Chiron.
Em “Chiron”, vemos sua adolescência. Juan morreu – não sei se não foi explicado no filme, ou se eu simplesmente não me lembro-, mas sua relação com Teresa continua forte. O vício de sua mãe piorou ao ponto em que ela pega o dinheiro do filho para comprar drogas, e o bullying que sofria, já de criança, apenas piorou. E vemos os sentimentos de Chiron e Kevin se intensificarem, até a cena da praia. E então, quando Chiron decide tomar alguma atitude sobre a violência que sofre, ele é preso – PORQUE JOGOU UMA FUCKING CADEIRA NAS COSTAS DO MALUCO LÁ, MANO, MELHOR CENA.
E por fim temos “Black”, onde vemos Chiron como um traficante de sucesso, mas ainda triste e solitário, que mantém contato com Teresa e a mãe – enfermeira em uma clínica de reabilitação, depois de já ter ela própria passado por lá. Ele recebe uma ligação de Kevin, depois de todos esses anos, e resolve voltar para a cidade pra resolver negócios inacabados.
O filme é único. Trata da homossexualidade de Chiron, um homem negro da periferia em contato a todo tempo com uma sociedade muito violenta, de forma muito delicada. O filme é sobre Chiron, e não sobre o tráfico, ou sobre a violência na periferia, ou sobre como as drogas destroem uma família. O filme é sobre ele, e segue o tempo dele. E foi incrível, no final, ver toda a vulnerabilidade dele conversando novamente com Kevin, depois de tanto tempo sem poder se abrir com ninguém sobre isso.
Mas em alguns pontos, achei que o filme foi sutil demais. Emocionou, mas não emocionou tanto assim. Mostrou momentos importantes, mas deixou outros tantos de fora. A relação dele com Juan foi muito importante em sua vida, mas não vemos muito disso, temos que imaginar que foi pela forma como se conheceram, e pelo fato de que mantiveram contato por muito tempo – e que continuou em contato com Teresa. Mas não sabemos muito sobre como foram os anos em que passaram juntos, nem da morte de Juan. Também não sabemos como foi seu tempo na cadeia, que mesmo não sendo o objetivo do filme adicionaria muito ao personagem, e nem sobre como é sua vida depois de ter saído de lá.
As indicações em Fotografia, Edição e Trilha Sonora foram muito merecidas - mesmo eu achando que La La Land vá ganhar as três, principalmente Trilha Sonora porque né –, e o roteiro também é muito bom – mesmo eu achando que A Chegada vá ganhar como Roteiro Adaptado. Naomi Harris também fez um trabalho muito bom, mas ela tem muita concorrência com Viola Davis a rainha e Michelle Williams, que também foi incrível em Manchester à Beira Mar. O que eu boto mais da metade das minhas fichas (porque Stalone me ensinou a não apostar tudo no Oscar) é no Mahershala Ali como Ator Coadjuvante. Ele foi grande parte do motivo do relacionamento de Juan e Chiron parecer tão verdadeiro e significativo, mesmo que tenha tido pouco tempo no filme.

Sobre Melhor Filme, acho muito difícil tirarem esse de La La Land porque esse é um filme de Oscar. Minha nota geral é 4,1 porque eu realmente acho que o filme poderia ter sido mais. Ainda assim, ficaria mais que feliz se ganhasse na categoria principal porque é um filme de temática fora dos padrões do que geralmente é feito nos filmes LGBT – pra começar, nenhum gay foi morto no filme, o que já é um baita progresso.

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Um comentário:

  1. Adorei! Eu adoro ver Mahershala Ali participando de filmes, sigo muito o trabalho deste ator, sempre me deixa impressionada em cada nova produção. O elenco deste filme é ótimo, eu amo tudo onde Mahershala Ali o ultimo que eu vi foi em um dos melhores seriados policiais chamado True Detective, adorei essa série! De todas as séries que estrearam, esta foi o minha preferida, eu recomendo, é uma historia boa que nos mantêm presos no sofá. É espetacular. Pessoalmente eu acho que é uma série que nos prende, tenho certeza que vai gostar, é uma boa história. Definitivamente recomendado.

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